Capítulo 449
Capítulo 449
– Não precisa. – Recusou Liliane, com a voz carregada de ansiedade. Se Lucinda não sair, eu não saio daqui.
Assim que terminou de falar, as luzes da sala de cirurgia se apagaram de repente.
Liliane ficou atônita, antes de se apressar até a porta da sala de cirurgia.
Carlos seguiu ela de perto.
Logo, um médico vestido com roupas cirúrgicas saiu da sala de operações.
– Desculpe, Srta. Liliane, a cirurgia foi um fracasso. – Ele olhou desolado para Liliane.
Um baque ecoou no coração de Liliane, enquanto uma sensação de inquietação começava a encher seu peito.
–
O que você quer dizer com fracasso? – Questionou Liliane.
O som do leito sendo empurrado ecoou da sala de cirurgia, enquanto o médico se afastaval para permitir que a enfermeira empurrasse a maca para fora.
No momento em que Lucinda foi trazida para fora, Liliane estava prestes a se aproximar para verificar, quando ouviu o médico lamentar:
– Tempo de óbito, às duas horas e vinte e sete minutos.
Ao ouvir as palavras do médico, as mãos de Liliane caíram sem forças ao lado do corpo.
Seus olhos claros começaram a ficar embaçados de lágrimas, enquanto ela olhava incrédula para o médico.
– O que você disse? – Perguntou ela, com uma voz rouca.
-A senhora Lucinda teve uma instabilidade nos sinais vitais durante a cirurgia… – O médico olhou para Liliane com culpa.
-Eu não quero ouvir isso! – Liliane interrompeu com firmeza, suas emoções começaram a se descontrolar. – Eu estou te perguntando, o que você acabou de dizer?
– Tempo de óbito, às duas horas e vinte e sete minutos…
Você está brincando, não está? – Liliane empurrou a enfermeira à sua frente e correu até o
lado de Lucinda.
Ela levantou o lençol branco que cobria o rosto de Lucinda e viu um rosto pálido e sem vida. Seu corpo recuou alguns passos.
Carlos rapidamente se aproximou para segurar Liliane.
–
– Isso não é verdade. O peito de Liliane subia e descia rapidamente, sua voz estava trêmula, por causa das lágrimas. Eles me disseram que a cirurgia tinha uma alta chance de sucesso! – Ela agarrou a mão de Carlos, erguendo seus olhos lacrimejantes. – Você também não disse isso? As cirurgias de crânio hoje em dia são avançadas, não são?
-Ninguém pode garantir que a cirurgia corra sempre perfeitamente… – Carlos baixou os olhos.
– Eu não quero ouvir isso! – Liliane desmoronou, olhando para os médicos à sua frente. Lucinda não é alguém próximo a vocês, então vocês não fizeram o máximo para salvar ela, não é?
Alguns médicos se entreolharam, incapazes de entender o que Liliane estava dizendo por não entenderem português.
Ao ver a atitude deles, Liliane desabou em lágrimas.
– Eu não acredito. – Liliane limpou as lágrimas e se soltou do abraço de Carlos, se apoiando na beira da maca, sem controle. – Vocês têm que levar a Lucinda de volta para outra cirurgia!
– Srta. Liliane, a pessoa já se foi, aceite nossos pêsames. – O médico se aproximou para impedir ela.
– Ela não está morta! – Liliane gritou para o médico. – Façam outra cirurgia! O que foi aquilo que vocês garantiram antes? Tudo mentira? Levem ela de volta! Eu quero Lucinda de volta, mesmo que seja em estado vegetativo! Eu só quero ela viva!
–
Lili, se acalme! – Carlos segurou a mão de Liliane.
Depois, ele acenou para um dos médicos, indicando que levassem Lucinda embora.
O médico assentiu às pressas e, junto com algumas enfermeiras, sussurrou algumas palavras, rapidamente levando a maca para longe de Liliane.
Vendo eles levarem Lucinda, Liliane enlouqueceu querendo correr atrás, mas Carlos com firmeza ela.
– Lili, eles são apenas médicos, não são deuses!
segurou
-Me solte! Me solte! – Gritou Liliane, desesperada. – Eles não estavam assim quando me fizeram assinar os papéis! Não estavam!
Liliane, incapaz de se soltar, assistiu Lucinda ser afastada.
– Por que… Por que vocês me enganaram? – Questionou Liliane, desesperada, chorando. Content property of NôvelDra/ma.Org.
– Também não sei como isso aconteceu. – Disse Carlos, triste, apertando com força os lábios.
Liliane cobriu o peito dolorido e se sentou no chão.
Me arrependo, não queria que Lucinda fizesse a cirurgia, tragam ela de volta…